T E U   C O N T A T O 

Ângela Maria Crespo
 
Amor quando adormeço para a vida.
sinto teu calor no meu corpo, vivo, ardente,
teus lábios nos meus, ardem, palpitam...
Levo as mãos depressa em meu corpo,
esperando vestígios teus encontrar;
Quero guardar os lábios teus, uno aos meus,
neste calor que embriaga, entontece.
Revivo cada instante que juntos passamos
noite afora, quando perdidos, só nos encontrávamos
em nossos desejos, corpos latentes, beijos lascivos,
gulosos, boca que te aperta, perna que te enrosca,
fúria que toma conta de tudo...Tudo mesmo,
corpo, alma, sentidos, sons, loucura,
entorpecimento, desmaios insanos.
Onde você meu sofrido amor?
Volto a realidade chocada, não quero voltar...
Para viver assim, com este gosto amargo
de dor, prefiro não mais acordar.

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