SAUDADE NA TARDE
 
Ângela Maria Crespo
 
Hoje novamente tuas lembranças,
Pousaram sem piedade de mim,
Como açoites de afiadas lanças,
Deixando seu vestígio carmim.

Horas mortas, sombrias vitimas,
Do cavalgar de pobre orgulho,
Que deixou cultos sem estimas,
Um mar abatido e sem marulho.
 
 Sou nênia numa súplica calada, 
Perdida em funestos castelos,
Açoitada pela dor, escravizada.

Deixe-me sem os sonhos belos,
Diante do porvir desencantada,
 Protegida por rígidos desvelos.



 
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