Andaram ainda adiante,
precisam ver outras
coisas, dizia a
senhora.
Visitaram escolas e viram dedicados
professores
iluminando mentes
infantis, viram médicos
salvando vidas e trazendo
outras
tantas vidas ao
mundo.
Viram enfermeiros dedicados socorrendo
os doentes,
administradores conscientes
construindo o progresso,
operários laboriosos
erguendo
casas.
Viram pessoas dividindo o pão, os sonhos, as
alegrias.
Viram
amigos, famílias felizes, crianças alegres.
Porém no
horizonte eis que o sol surgia, era hora
de voltar.
O rapaz vinha pesaroso, não queria
retornar.
Que lugar maravilhoso era aquele que havia
visitado?
Por certo
seria o paraíso.
A senhora que ia um pouco a frente parou por
um instante
e disse-lhe:
Meu jovem, passas
por estes mesmos caminhos
todos os dias,
levei-te a ver o mundo que enxergas
sob lentes tão duras e
pessimistas.
Basta que
mudes teu modo de ver as coisas e descobrirás
ao teu redor
inúmeras chances de ser feliz.
O mundo é povoado de coisas boas e más,
de
sorrisos e
de lágrimas, mas cabe a nós fazê-lo
melhor a
cada dia.
Cabe a nós manter acesa a luz da esperança
e um futuro tão brilhante como o sol que agora
surge, irá aparecer a nossa
frente.
Por certo, meu filho, nem ao menos me reconheceste,
sua mãe que prometeu te orientar e guiar os teus
passos, mas que tão poucas vezes
recebeu
de ti atenção e
crédito.
Perplexo, o rapaz parou por um
instante.
Por quanto tempo esteve cego pretendendo
ser realista e antenado com a
modernidade.
Retornou ao
corpo, o relógio anunciava a
hora de
despertar.
Porém, hoje não despertava apenas para um
novo dia, despertava para uma nova
vida,
para uma nova
batalha.
QUE TAMBÉM NÓS
DESPERTEMOS PARA ESTA REALIDADE,
O NOVO MUNDO
ESPERA POR TODOS NÓS TODAS AS MANHÃS.