É a história do círculo no qual
faltava um pedaço pois um grande triângulo fora arrancado.
O círculo queria ser inteiro novamente, sem nada faltando,
então foi procurar o pedaço perdido. Como estava incompleto e só podia rodar lentamente,
admirou as flores ao longo do caminho.
Conversou com os insetos.
Observou o sol. Encontrou vários pedaços diferentes, mas nenhum
deles servia. Então, deixou-os todos na estrada e continuou
a busca.
Certo dia, o círculo encontrou um pedaço que se
encaixava nele perfeitamente. Ficou tão feliz! Seria
inteiro. Incorporou o pedaço que faltava e começou a rodar.
Agora que era um círculo perfeito, podia rodar muito
rápido, rápido demais para notar as flores e conversar com
os insetos. Quando percebeu como o mundo parecia diferente ao
rodar tão depressa, parou, deixou o pedaço na estrada e
foi embora rodando lentamente.
Moral da história:
Somos mais inteiros quando sentimos
falta de algo.
O homem que tem tudo é, sob certos aspectos, um
homem pobre. Nunca saberá o que é ansiar, esperar,
nutrir a alma com o sonho de algo que sempre quis e nunca
teve.
Há integridade na pessoa que está resolvida com
suas limitações, que foi corajosa o bastante para
abandonar os sonhos irreais sem se sentir fracassada ao fazê-lo.
Há integridade em quem aprendeu que é forte o
bastante para atravessar uma tragédia e sobreviver, que
pode perder alguém e ainda se sentir completo.
Você atravessa o pior e sai intacto.
Quando aceitarmos que a imperfeição é parte do ser
humano e pudermos, a exemplo do círculo, continuar a rodar
pela vida e a apreciá-la, teremos adquirido a integridade
que todos desejam. E, finalmente, se formos corajosos o bastante para
amar, fortes o bastante para perdoar, generosos para exultar
com a felicidade alheia e sábios para perceber que há amor
suficiente para todos, então poderemos atingir a plenitude
que nenhuma outra criatura viva jamais atingiu.
(desconheço
o autor)