NOTURNO VII
 
  Decifra-me, ebanea esfinge, pois não hei de desvendar
a inescrutável dança dos teus astros volantes.
 
 No silêncio atemporal em que te guardas
  e me interpelas que enigma me propões tu,
   vetusta dama,em tua imponente potestade?
 
Eis que me consagras o amor
mas é morte o que me trazes; é ausência
o meu amado não vem em tua carruagem
    muito embora o celebre essa soturna lascívia.
 
   Em vão o procuro na vastidão dos teus domínios
   do teu reino de sombras não se fez vassalo.
 
   Decifra-me, ímpia rainha de trevas e de luas
    ou devora-me
   se é a paixão o tributo por sabê-lo
mas condena-me à liberdade dos ébrios e dos loucos
se é a insânia o enigma deste amor.
 
 
Maria de Lourdes Leite Nunes Guimarães
(direitos autorais reservados)
 
 
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