IDOLATRIA
 
Já cansada, mas ainda não descrente,
Deste amor insano, fiz cega idolatria,
Por alguém que diz querer-me, tola ironia,
Sinto-me desprotegida, vago como demente.
 
Das meras juras de um coração ausente,
Com total desesperança, alheia ao mundo,
Sigo como morta viva, eis que me confundo,
Quero algo que reviva este coração de crente.
 
Tento opor a grande dor que me crucia ,
 Refreando assim o mal que me trucida,
E, tirar da carne tudo que o denuncia.
 
Não direi adeus a minha pobre vida ,
Prefiro o cantar triste da dor reprimida,
A lânguida canção de uma despedida.
 

 

Ângela Maria Crespo
direitos autorais reservados

  

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