D E V E R A S    S  O N  H O

Ângela Maria crespo 
 
Onde os doces sonhos cor de poesia,
Que se acham ocultos nestes versos?
Levam-me em solavancos, sem guia,
Para longe daqui, são os reversos.

Prevejo a morte do sonho, sem sorte,
Animados apenas pela rudeza,
Destes momentos por onde a morte,
Reclama seu direito sem tristeza.
 
Esta odisséia pesa em meus ombros.
Neste torpor tudo me faz sucumbir,
Brevemente só restarão escombros...
 
Deveras sonho e manterei espaços,
Destes momentos que sei não irão ruir,
Fixarão marcas em lânguidos regaço
s
 
 
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