CRIME  E  CASTIGO


Vê poeta a prova do amor que tive,
Quase imortal, incomparável e forte,
Já morto para nós, mas que ainda vive,
Talvez no coração da própria morte.

O amor, único criminoso, o Amor somente,
Que ainda está neste coração sombrio,
Ontem animado por um fogo ardente,
Hoje abrigado por imenso frio.

Deixe-me, o que possuo é só meu.
E ha de servir-me agora como lembrança,
Juntamente com minha ultima esperança.

Vai-te, desafio-o, sem nada reclamar,
És homem...Sente-se capaz de tudo,
O que restou é meu, faz parte de meu luto.


Autoria: - Ângela Maria Crespo
direitos autorais reservados
 


 

 
 
Voltar
 

Clique aqui  para enviar esta página para seu amigo(a)