Cântico
 
 
Poeta porque divagas assim?
Ecoa muito estranha tua poesia,
Parece querer minha alma penetrar,
Para sentir da tua o lamento.
 
 
Sinto de perto toda tua amargura,
Sinto teus cânticos inebriados...
Sinto também tuas aspirações...
Sinto tuas desilusões, teus sonhos.
 
 
Por que me tocas assim?
Por que fazer-me sofrer?
Por ti não lutei bravamente?
 
 
Tentei transpor as barreiras,
Venceu o final procurado,
Contra o destino não mais ousarei.
 
 
 
Ângela Maria Crespo
(direitos autorais reservados)
 
 
 
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