"ASAS DA
IMAGINAÇÃO"
Quem me dera ser como os pássaros e poder estender
as asas
para o sul e para o norte como fazem os falcões,
alçaria vôo e fugiria da
tristeza e me abrigaria nas montanhas
e entre as arestas do penhascos eu me
esconderia,
até me ver livre da dor, onde derramaria as minhas lagrimas
longe dos homens.
Ah! Quem me dera ser um homem com o coração
de anjo,
seria mais fácil sorrir, minhas lágrimas seriam como o cristal,
os meus olhos seriam limpos com os de uma criança de colo,
não
temeria o mal por não conhecê-lo.
Me emociono quando imagino, Sim!
Quem me dera se eu
pudesse apenas por um dia ao menos
conhecer o coração de
Deus, e tivesse resposta aos meus questionamentos
mais
íntimos, se eu entendesse o mais profundo dos mistérios,
se
eu conhecesse a plenitude do amor, então eu poderia
ensinar o homem o que é
amar.
Se ainda contemplando num espelho como numa conjuntura de
sinceridade, pudesse olhar no fundo dos meus olhos, e ter todas
as
resposta que o meu coração insiste em esconder da minha
consciência.
Quem me dera ser, como um recém nascido aconchegado ao
colo da
minha mãe, protegido pela força de meu Pai e
embalado ao som de um coral
celeste.
Mais quando o coração turbado manipula a imaginação não
é
fácil conter o grito na garganta, gostaria de ser como uma
flecha nas mãos
de um flecheiro, perito, destro nas batalhas,
cortaria o céu em alta voz:
‘’EU QUERO PAZ!!! EU QUERO PAZ!!!’’ E o alvo não
erraria.
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