A PORTA DESTRANCADA

Em Glasgow, Escócia, uma jovem, como muitos dos adolescentes
de hoje, cansou-se de casa e das repreensões de seus pais.
 A filha rejeitava o estilo religioso de vida de sua família,
não aceitava os conselhos e rebelou:
- Eu não aguento mais ouvir estas baboseiras e não quero
 seu Deus.  Eu desisto. Vou-me embora!
 
Saiu de casa, decidida a se transformar.
 Em pouco tempo, entretanto, estava desanimada e incapaz
de encontrar um trabalho, assim decidiu ir às ruas vender
 seu corpo. Os anos se passaram, seu pai morreu, sua mãe
envelheceu e a filha tornou-se mais e mais entrincheirada
em sua forma da vida.
 
Nenhum contato foi feito entre mãe e filha durante muito tempo.
Um dia sua mãe, ouvindo sobre a filha, resolveu sair à sua busca.
Parou em cada uma das missões de auxílio que encontrava com
um pedido simples e perguntava:
- Você permitiria que eu colocasse esse retrato na parede?
 
Era um retrato de uma mãe, cabelos grisalhos e um pálido
sorriso,  com uma mensagem escrita à mão no rodapé:
"Ainda amo você... Volte para casa".
 
Meses se passaram e nada aconteceu.
Certo dia a jovem entrou em uma missão para tentar uma
necessária refeição.
Sentou-se distraída e seus olhos passearam através do nada
 até parar no quadro de avisos.
Lá viu o retrato e pensou: "Poderia ser minha mãe"?
 
Não esperou pela refeição.
Levantou-se e foi olhar o retrato mais de perto.
Era sua mãe e havia uma mensagem:
"Ainda amo você... Volte para casa".
Enquanto esteve na frente do retrato, chorou.
 Era bom demais para ser verdade.
 
Era tarde da noite, mas tinha sido tocada pela mensagem
e começou a caminhar em direção à sua casa.
 Quando  chegou já era madrugada.
Estava receosa e não sabia realmente o que fazer...
resolver bater a porta quando esta se abriu sozinha.
Pensou que alguém deveria, furtivamente, ter entrado na casa.
Preocupada com a segurança de sua mãe, a jovem correu
ao quarto e a encontrou ainda dormindo.
Agitou sua mãe até que acordasse e disse:
- Sou eu! Sou eu! Estou em casa!
 
A mãe não acreditava no que seus olhos viam.
 Limpou as lágrimas que rolavam e sorriu, a filha então falou:
- Fiquei preocupada!
A porta estava aberta e eu pensei que alguém tivesse
entrado na casa e a colocasse em perigo!
 
E a mãe respondeu delicadamente:
- Não querida.
 Desde o dia em que você partiu, essa porta nunca foi
trancada.
 
Estas são coisas do amor de mãe!!!
 
Robert Strand
Tradução SergioBarros
 
 
 

  
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